Confira dicas para um Planejamento e Execução de Estratégia Empresarial, em 7 etapas.

Avaliando relatos de empreendedores ou gestores mais experientes, é natural a compreensão de que o sucesso de uma empresa não é apenas resultado do acaso, mas consistentemente o fruto de um planejamento estratégico bem elaborado, constantemente revisto e, de sua eficaz execução. Planejar e executar estratégias empresariais são elementos essenciais para garantir o crescimento e a sustentabilidade de qualquer organização, e reforçar alguns conceitos sobre isso, é de grande valia.

Vamos explorar alguns pontos fundamentais para esse objetivo, dando suporte para organizações e lideranças:

1. Análise do Ambiente:

O mapeamento com recursos de análise do ambiente é crucial na compreensão do meio em que estamos inseridos, levando em consideração que notícias sobre inovações na área de gestão a partir do uso de inteligência artificial se tornaram mais frequentes. Essa dinâmica provoca a constante reformulação do “Como fazer?” e a reconstrução de modus operandi das nossas atividades dentro das organizações. Considerando a necessidade de revisão constante mediante o cenário e transformações contemporâneas, ainda podemos nos apegar a um dos formatos clássicos de autoavaliação para identificar pontos de abordagem para planejamento estratégico, como a matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), ou em português, FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Querida por muitos e nem tanto por outros, a ferramenta é a essência de muitos recursos de análise para identificação de objetivos que devem ser atingidos. Há inúmeras outras estruturas de análise e variações que podem ser utilizadas nessa fase, o importante é proporcionar o entendimento de atividades, qualidades e processos a serem melhorados dentro da organização. 

2. Definição do propósito:

As definições de visão, missão e valores não devem perder suas funções dentro da organização pois apoiam a unicidade e a personalidade da empresa, como agir, se comportar e tomar decisões. Em paralelo, aumentar o foco com a simplificação de esforços em conformidade com o que a empresa elege como “propósito”, dentro do que é explorado como missão, é a chave de qualquer estratégia empresarial. Com a visão representando o futuro desejado, a missão abordando como a empresa irá dedicar o seu gasto de energia vital e os valores refletindo os princípios que norteiam suas ações, o propósito é contemporâneo e se adapta de forma mais dinâmica às transformações diárias em tecnologia e pessoas. Em uma escalada nas etapas do planejamento, podemos afirmar que superado a fase de análise, o filtro do propósito deve ser aplicado auxiliando os decisores a fazerem escolhas no campo tático ou estratégico para fazer contenções ou alavancar resultados com base no propósito definido.

3. Estabelecimento de Objetivos Claros:

Estamos na era de soluções ágeis, como podem ser exemplificadas por alguns de nossos parceiros como AiQfome, mottu, Hubees, e facilidade é a expectativa dentro do modelo mental aguardado no nosso cotidiano, seja em ambiente pessoal ou profissional. Importante, a facilidade descrita aqui não é sinônimo de malfeito, sem controle, ou qualquer outro aspecto negativo. Quando falamos de facilidade, levamos em consideração o termo já amplamente explorado de “experiência do usuário”, usando de licença poética para empregar o conceito em outros campos da gestão empresarial, considerando usuários todos os envolvidos no processo. Os novos processos devem ser construídos de modo que se adaptem às inovações do nosso tempo. Portanto, os objetivos devem ser claros e mensuráveis, sendo alinhados ao propósito que a empresa definiu e deixou claro para todo o seu time interno/externo. Após análise, seguida do filtro do propósito, a construção dos objetivos deve considerar que sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Estabelecer metas tangíveis de curta ou média execução orientará a alocação de recursos e a tomada de decisões estratégicas, cientes que, a agilidade tem o poder de promover ganho ou perda de mercado. 

4. Identificação e Avaliação de Alternativas Estratégicas:

O Plano B, Plano C, margem de contenção, são imprescindíveis. Há fatores que não estão sob nosso poder de controle que podem interferir no alcance do objetivo definido e precisam ser mapeados para que existam ferramentas de controle ou mitigação. Avalie diferentes alternativas estratégicas, considerando fatores como inovação, diferenciação, custos e parcerias. Para isso poderá ser criado uma escala de impacto para todas as possíveis interferências no objetivo desejado, de um modo que o gasto de energia seja proporcional ao impacto que pode ser causado. Entretanto, dedicar tempo demais só no planejamento e análise poderá causar a perda de “timing”. Para contornar essa possibilidade, é usual praticar os conceitos dentro de MVP (mínimo produto viável), desde que não seja para a construção de um avião, navio, medicamento ou qualquer outro resultado industrial que coloque em risco a vida e o bem social. Nesses casos, planejamento e testes são cruciais, vale ressaltar. Para ações de reformulação em gestão, uma nova solução por aplicativo ou um novo serviço, por exemplo, o conceito do MVP permite que seja identificado um formato que atenda minimamente às expectativas dos envolvidos já em operação, evidenciando o que ainda precisa de correções e o que não gerou impacto negativo na percepção dos envolvidos. Assim, problemas reais são resolvidos precisamente ao invés de potenciais problemas que usariam recursos, mas que no fim não afetariam a implementação ou uso. 

5. Desenvolvimento de Planos de Ação:

Com todas as estratégias já definidas, podemos elaborar o plano de ação mais detalhado. Dividimos as metas para os objetivos em tarefas menores, atribuindo responsabilidades às equipes ou indivíduos específicos. Aconselho um recurso que uso sempre, o 5W2H (What? Why? Who? Where? When? How Much? How?) em português: O quê? Por que? Quem? Onde? Quando? Quanto? Como? – ter as respostas para essas questões possibilita uma visão ampla do que está sendo construído, possibilitando antecipações de acordos ou mesmo viabilidade para o alcance do objetivo. Já abordando cronogramas, precisam ser realistas, primeiro para que ninguém reme o barco em direção oposta por falta de conhecimento, segundo para gerenciar a expectativa de todos os envolvidos, tanto nas execuções quanto nas entregas, evitando frustrações. Isso requer o estabelecimento de indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar o progresso ao longo do tempo. Já o controle das entregas pode ser apoiado tanto em recursos mais complexos como o consagrado MS Project que exibe as metas e tarefas em visão cascata, como em ferramentas do manifesto Ágil modeladas em Kanban. Como exemplo, podemos citar nossa parceira Pipefy.

6. Comunicação e Engajamento:

Uma estratégia eficaz requer a comunicação clara e o engajamento de toda a equipe, por isso, comunique mas também estimule a comunicação de todos. Garanta que todos compreendam os objetivos e planos de ação gerando espaços frequentes para trocas de ideias e construção de sinergia dos envolvidos. Naturalmente nos engajamos em situações em que sentimos que fazemos parte, assim, fomentar a participação ativa, promovendo uma cultura organizacional alinhada aos valores estabelecidos, com a contribuição real dos envolvidos é fundamental. 

7. Monitoramento e Adaptação:

O ambiente de negócios está em constante evolução, tornando essencial o monitoramento contínuo da implementação da estratégia. Por isso, esteja preparado para ajustar os planos conforme necessário, aprendendo com sucessos e fracassos. Novamente passando por conceitos clássicos mas nunca fora de moda, para essa etapa indico o PDCA (Plan, Do, Check, Act) em português: Planejar, Fazer, Verificar e Agir – ferramenta muito popular que se mantém aplicável a dinâmica exigida dos novos tempos, fazendo paralelo ao MVP citado anteriormente, pois compreende que nenhum processo é isento da necessidade de melhoria, por isso, se apresenta de forma visual como um círculo, já que entende-se que sua aplicação é perene. Em resumo, flexibilidade é uma qualidade crucial para garantir a adaptação constante às mudanças do mercado.

Ao seguir essas etapas, líderes empresariais podem criar e implementar estratégias eficazes que impulsionam o sucesso a longo prazo. A combinação de uma análise aprofundada, objetivos claros e uma execução diligente é essencial para enfrentar os desafios do mercado e garantir a sustentabilidade e crescimento da organização. Leia mais artigos em nosso blog.

Jean Aguiar