Para quem ainda não está familiarizado com a terminologia, é uma prática de gerar retorno, premiações e/ou benefícios para os usuários, clientes ou funcionários executando tarefas de acordo com o estipulado, um tipo de “passar de fase”. Gamification como ferramenta de motivação para compras no varejo digital, engagement para fidelização do consumidor e práticas educacionais não são mais novidade.
Waze e os usuários colaborativos no trânsito, Duolingo e o ensino de idiomas, Starbucks Reward são exemplos reais de sucesso da prática com consumidores, sem deixar de citar o estrondoso sucesso do PokemonGo e seus gamers. A resposta para alguns incentivos é grande, incentivos muitas vezes dentro da própria plataforma.
Afinal, por que poucas empresas conseguiram implementar práticas de sucesso com Gamification?
A diferença entre as práticas de sucesso para este resultado é a estrutura, normalmente baseada em processos e serviços. O primeiro ponto a desenvolver na estratégia de implantação é definir quais serão as áreas na empresa que participarão, realizando assim um piloto. Fazer um “BigBang” para todas as tarefas e todas as áreas tem pouca ou nenhuma chance de se concretizar. Posteriormente cada área participante terá suas tarefas rotineiras mapeadas, mas isso não basta. É necessário envolver o desenvolvimento, metas, treinamentos e gaps a serem trabalhados para que o profissional “finalmente passe de fase”. Também é necessário levantar quais são as premiações intermediárias motivacionais que seriam relevantes para a equipe.
Para o levantamento das atividades, definição de gatilhos e recompensas, nenhuma área teria mais trânsito que o RH posicionado estrategicamente já dominando as informações , ou ao menos, meios para as obtê-las. O engajamento da área de Recursos Humanos neste perfil de projeto é essencial, isto se a própria demanda do projeto não se iniciar por iniciativa do RH. Sufocados com demandas de Recrutamento, DP, Benefícios, muitas vezes os profissionais da área não participam, não provocam ou não são provocados a pensar como será o futuro do trabalho na Organização e no Mercado de Trabalho.
Alienados a avaliações obsoletas, ferramentas ultrapassadas e operações maçantes, são um ciclo vicioso a ser rompido pelo RH, a começar por apresentar alternativas para o negócio, com inovação e criatividade. O mundo ideal é feito com ferramentas tecnológicas, consultorias estratégicas e equipes especializadas para desenvolver a prática nas Empresas.
Nada melhor do que começar com práticas inovadoras, de baixo custo como uma simples planilha em um plano de incentivo para os profissionais que concluírem os treinamentos necessários para sua função atual, se aliar a área de vendas para desenvolver em conjunto uma campanha de incremento às vendas. Dificilmente será orçada verba para este fim, a menos que o retorno sobre investimento seja provado através de um projeto bem estruturado.
Sucesso comprovado: Com a repercussão e engajamento que a Algar Tech teve em sua implantação para a gestão do CallCenter, com recompensas que premiam até pequenas ações para construir uma boa reputação na empresa, como ligar para a equipe no aniversário ou resolver os imprevistos do dia a dia, ações que vão além do trivial para a carreira das pessoas. (http://www.opusphere.com/algar-tech-implanta-gamificacao-na-gestao-com-mais-de-300-associados/)
Apesar de toda demanda e sobrecarga que os profissionais encaram em suas carreiras, fato não comum apenas no RH, cabe à área provar seu valor inovando e sempre de olho no futuro, para conquistar espaço e verba para projetos chaves ao negócio.
Fontes úteis sobre o tema:
http://exame.abril.com.br/pme/o-que-e-gamification/
https://en.wikipedia.org/wiki/Gamification
http://tudosobreincentivos.com.br/gamificacao-cases-grandes-marcas/
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