O Silicon Valley Bank foi durante muito tempo o principal banco especializado em atender empresas de tecnologia e startups no Vale do Silício, na Califórnia, fomentando bastante o ecossistema. O banco desempenhou um papel crucial no para as startups da região. Criado em 1983, o banco havia se especializado em prestar serviços financeiros para esse público, e estava entre os 20 maiores bancos comerciais dos Estados Unidos.
Após a escalada dos juros, algumas comunicações desastrosas, suposta má gestão de ativos e uma súbita “corrida ao banco” por parte dos clientes para sacada dos depósitos na última semana, após intervenção de reguladores da Califórnia, o banco encerrou suas operações. Apesar da relação que os bancos têm entre si, analistas sugerem que seja improvável que o fechamento do banco cause um colapso ou efeito dominó de quebra de bancos, bem como seus credores, isso porque a autoridade monetária americana optou por intervir no caso. Por outro lado, entretanto, alguns especialistas acreditam que a movimentação possa desencadear ainda mais demissões em massa, os tão comentados layoffs, no Vale do Silício e no mundo.
Algumas startups brasileiras offshore possuíam contas no SVB para recebimentos de investimentos de Venture Capital, porém não se sabe ao certo quantas e quais. É importante ressaltar que valores até $250.000,00 já eram garantidos pelo FED.
E os layoffs, podem aumentar após tudo isso?
Embora a quebra do Silicon Valley Bank seja um reflexo dos desafios financeiros que o mundo está enfrentando, ainda não é possível mensurar com certeza se isso terá um efeito direto sobre os layoffs nas startups do Vale do Silício e de outros lugares. O Vale do Silício continua sendo um ecossistema vibrante e em constante mudança, e as startups ao redor do mundo têm procurado novos meios de superar as adversidades do presente.
Não devemos cravar que a situação do SVB será a causa de mais layoffs, mas é certo avaliá-la como consequência de uma crise maior, principalmente de confiança com esse novo mercado. Com toda situação das empresas digital, houve a necessidade de buscar caixa, novos empréstimos e desfazer as reservas. Neste cenário, em que os ativos financeiros do banco sofreram grande desvalorização, foi natural que houvesse a necessidade em buscar novos aportes para subsidiar sua continuidade, porém, depois de uma comunicação desastrada e uma corrida desenfreada dos correntistas para reaver seus valores depositados, o resultado não seria diferente.
Causa ou consequência, a semana passada só colocou mais lenha na fogueira dos layoffs que devem continuar com força, tendo o próprio Mark Zuckerberg anunciado mais uma onda de cortes na Meta.
Fique atento, confira nossos materiais sobre o assunto e saiba se proteger ou reagir à mais forte onda de crise que as jovens startups já passaram em sua curta história de vida. Tudo isso irá passar, e juntos sairemos mais fortes!
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